sábado, 28 de dezembro de 2019

CTG Os Tauras da Colina tem novo patrão

     Luciano Silva da Rosa assume o mandato como Patrão do CTG OS TAURAS DA COLINA, de Igrejinha.

     Fundado em janeiro de 1992, o CTG OS TAURAS DA COLINA esta localizado na  rua Dom João VI, numero 47, bairro Viaduto, Igrejinha/RS. É filiado ao Movimento tradicionalista Gaúcho, fazendo parte da 22ª Região Tradicionalista.

     A entidade tem por suas maiores característica presar e cultuar nossa história, divulgar nossa herança social, nativista, cívica, literária, artística e folclórica.     

     Luciano ocupou o mesmo cargo pela entidade nos anos de 2015 até 2017. O que tenho a dizer sobre ele: “ A entidade terá um patrão com conhecimento, bem orientado e com dedicação, saberá fortalecer a sua entidade tradicionalista, apoiando todas as invernadas e departamentos, desta forma preservando a nossa cultura e nossos valores” - afirmou Marlene Oliveira. 


            Fonte: Marlene Oliveira

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Nota de Falecimento - Dalvo Castilhos dos Reis

           A 25ª Região Tradicionalista presta todo seu apoio aos familiares de Dalvo Castilhos dos Reis, falecido no dia 24/12 e sepultado no dia 25/12.
Dalvo foi fundador do PL Potreiro da Serra e ex-patrão do CTG Tio Carlo.

           Informamos que as missas de sétimo dia ocorrerão no domingo (29/12) na Igreja Matriz de São Marcos às 7h, às 9h e às 18h.

"Que o Patrão celestial ilumine o caminho do nosso querido amigo Preto Castilhos, assim como ele iluminava à todos que tinham o prazer de estar em sua companhia e se ter sua amizade. Desejamos que Deus conforte e traga luz aos corações da família nesta hora tão difícil!" - Mensagem do PL Potreiro da Serra, de São Marcos.

Constantina realiza a 1º Ryla Tradicionalista

       No final do mes de novembro, nas dependências do CTG Taquaruçu de Constantina, numa parceria da entidade, representado pela Gestão de prendas 2019/2020 e Rotary Club de Constantina, aconteceu o 1º RYLA TRADICIONALISTA, evento este pioneiro dentro do mundo rotário e também no tradicionalismo.

Estiveram no comando das atividades o casal Carla Perin Salles Lorenzato e Marcos Lorenzato, estes que são rotarianos e também tradicionalistas.
As atividades foram voltadas para o público jovem, sem deixar de valorizar as crianças e adultos que se faziam presentes.

Questões como o papel do jovem no mundo, sua importância como líder, motivador, colaborador e incentivador na sociedade, sua participação nos movimentos que os auxiliem a serem atuantes e disseminadores de boas ideias e atitudes fizeram parte da atividade. Os sonhos precisam ser alicerçados por bons valores!

     Os Símbolos Cívicos e Sociais do RS foram trabalhados através de uma atividade grupal de integração e promoção da cultura. A criatividade e a participação foram destaques nesta atividade.

     O momento de espiritualidade do evento foi coordenado pelos jovens do CLJ (Curso de Liderança Juvenil) da Paróquia São Jose de Constantina.

     Liderar é uma atividade que requer exemplo, comprometimento, parceria e neste evento, várias foram as lideranças que em pleno sábado à tarde participaram do evento. 

    Destacamos o governador do Rotary Club – Distrito 4700, Ano rotário 2019/2020, senhor Luiz Celeste De Roque Fornari Fassina e sua esposa Isoldi, o presidente do Rotary Club de Constantina Elton José Giacomini, o prefeito municipal de Constantina Gerri Sawaris, a patroa do CTG Taquaruçu Cleonice Riva Potrich, o coordenador do CLJ, o jovem Ângelo Guaresi. Rotarianos, peões, prendas, jovens, pais e comunidade em geral engrandeceram o evento.

     Ao findar das atividades foram feitas algumas intervenções e vários agradecimentos, além do propósito de continuação desta parceria, já deixando agendado o 2º Ryla tradicionalista para o próximo ano

     Estão de parabéns todos os envolvidos neste importante evento, seja como organizador, apoiador ou participante!

Por Caroline Tenedine

Nota de Falecimento - João Luis Barth Rangel

          É com muito pesar que comunicamos o falecimento do professor e amigo, João Luis Barth Rangel. 

           Rangel era subcoordenador da Zona Norte, quando o conheci no final dos anos 80, em um encontro de patrões no seu querido CTG, o Maragatos. Daquele encontro em diante passou a ser um professor, ensinar os caminhos e levar a gente nos congressos e convenções, sempre ensinando.

           Ele esteve um tempo afastado e, em 2001, quando estava de diretor da FCG, pedi ao presidente que o convidasse para voltar. Ali, ele voltou a 'milhão'. Todo conhecimento acumulado, foi diretor de cultura na 1ªRT com a esposa Claudia, foi departamento jurídico, sempre muito conhecedor dos regulamentos. Era de opinião forte, tipo, não gostava de Gildo e nem de Teixeirinha. 

O velório acontece das 9h até às 15h no cemitério Jardim da Paz, capela E.

           Descanse em paz meu amigo. Em oração pedimos aos irmãos de LUZ que te acompanhem para a volta ao lar.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Um Feliz Natal e que 2020 nos torne pessoas melhores - Estejam com Deus

Badala um sino imaginário
Na mente de um poeta
Sem pretensões de profeta
Quer saudar o aniversario
De um ser extraordinário
Que nasceu pra salvar o povo
Por isso que me comovo
E de modo fraternal
Desejo um feliz Natal
E um buenacho Ano Novo

Amigos, nesse natal
Entendam o verdadeiro sentido
Que nesta data veio ao mundo
Um menino, mal vestido
E que depois que cresceu
tornou-se forte, destemido
E o verdadeiro dono da festa
não deve ser esquecido

Presentear a quem se gosta
QUe deixa o povo contente
Mas, o bom mesmo
É estar ali, presente
Ser amigo nas horas ruins
Não ver só o umbigo da gente
E nessa noite agradecer...
Ao nosso Pai onipotente

Abrace quem não conheces
Levante quem está caído
Perdoe até mesmo
Aquele que te quer ferido
Seja a palavra de motivação
pra quem já tiver desistido

Alegre quem está triste
Ajude alguém a sorrir
mostre pra quem desistiu
Que ainda dá pra seguir
E pra aquele que não quer perdoar
Dá tempo de refletir
Por pior que seja o erro,
Dá tempo de corrigir

Procure fazer o bem
Faça tudo por querer
Não deixe que vaidades
Lhes indaguem os 'por quê'
lembre que quem nasceu no natal
E na cruz foi perecer
Foi pra salvar nossa gente
Deixando a gente viver...
Por isso, ao ajudar o próximo
O ajudado, na verdade... é você

O ano ta terminando
Encilha o pingo companheiro
Por que o ano se acaba
E logo ali, já é janeiro
Não adianta ser bom agora
E tua vida ser um entrevero
Tente mudar desde agora
Sejas bom o ano inteiro...

Feliz Natal e um ano novo cheio de alegrias, prosperidade e realizações...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A Origem do Lenços e a sua Importância na Indumentária Gaúcha - Parte IV

por Maxsoel Bastos de Freitas


     Segundo o escritor castelhano Fernando O. Assunção o lenço usado pelo gaucho argentino tinha vários usos. Geralmente colocado na cabeça, amarrado a ele, à moda marinheiro ou corsário ou amarrado sob o queixo, sempre sob o chapéu, ou como uma faixa para prender os cabelos compridos. No primeiro caso, serviu como chapéu ou rede, que o homem da vila, rural ou urbano, espanhol, gostava de usar para manter-se cobertos e protegidos da poeira e do sol.

     Esta maneira de usá-lo de acordo com Assunção é uma herança de marinheiros e camponeses peninsulares.

     Para Fernando O. Assunção outro modo de uso, também de herança camponesa com reminiscências árabes, tinha por finalidade proteger a cabeça, as bochechas e o pescoço do sol durante o dia e, para os ouvidos, do orvalho e do frio no início da manhã e do pôr do sol; também da chuva de inverno, vento e frio. 

     O lenço como distintivo político, já foi utilizado de um lado e do outro das margens do rio Uruguai. Na Banda Oriental, aparece o lenço vermelho dos colorados seguidores de Frutuoso Rivera e o lenço branco dos nacionalistas de Oribe. Na Argentina, os colorados de Juan Manuel Rosas combatiam ferozmente os azules e blancos da oposição provincial, anti-portenha.

      Para contextualização devemos lembrar que o Gaúcho não é apenas um indivíduo natural do Estado do Rio Grande do Sul. O Gaúcho é o homem cavaleiro das Américas, que recebe na Argentina e no Uruguai o nome de Gaucho, no Brasil de Gaúcho, no Chile de Guaso, na Venezuela de Ilanero e no México de Charroe. 

      O Gaúcho é um homem ligado ao campo e ao gado; é um homem que se forjou para enfrentar a intempérie, o vento, o frio, a chuva e tomar conta dos animais. Ele que no inicio de sua formação era um caçador, tornou-se um verdadeiro parceiro do sistema ecológico. O Gaúcho, acostumou-se a viver no campo ao ar livre, sob o lombo do cavalo. Temperou sua formação no frio e no calor do campo aberto. 

      O homem Gaúcho, antes chamado de vago ou gaudério, nasceu nas fronteiras da Argentina com o Uruguai e com o extremo sul do Brasil. É um produto da miscigenação indígena com luso-brasileiros e espanhóis. Suas roupas eram e precisavam ser funcionais, reflexos de uma origem nômade.
O lenço vem acompanhando a história do gaúcho e do Rio Grande desde a sua colonização.

      Com a fundação das missões pelos padres Jesuítas , foram então introduzidos os tecidos, pois até então os índios fabricavam suas roupas e outros objetos de couro de animais. Os tecidos eram utilizados para a confecção de roupas que passaram a usar conforme severa moral jesuíta, entre elas a camisa, calções europeus, o tipoy que era um vestido usado pelas índias, e o chiripa, usado pelos índios.

      A colonização europeia, no sul do continente em especial do lado direito da margem do rio Uruguai, trouxe consigo roupas mais requintadas como botas, ceroulas, algumas espécies de gravatas, casacos e entre outros.

      Quando observamos os parâmetros históricos podemos concluir que o lenço atado ao pescoço pode e deve ter surgido da evolução do lenço usado como gravata pelos europeus. Sua maior afirmação ocorreu quando foi adotado politicamente como designativo de cor partidária até o modo de atá-lo ao pescoço, surgindo assim o lenço gaúcho, atado ao pescoço, solto ao peito. Do seu uso, passou a ser instrumento de identificação; companheiros ou inimigos eram reconhecidos a distância pela cor dos lenços.

     Neste contexto, os farrapos que lutaram contra o Império do Brasil de 1835 a 1845, usavam o lenço vermelho, atado de maneira própria como símbolo de seu grupo. Neste particular, os aspectos históricos registram que os farrapos mandaram confeccionar alguns lenços personalizados nos Estado Unidos. De acordo com  Apolinário  Porto Alegre o pedido foi feito no dia 10 de maio de 1842. 

      Se há ligação ou não, com a escolha dos Estados Unidos, para confeccionar os lenços, cabe frisar que a maçonaria vermelha, de origem francesa e de feição republicana, que tem a divisão dos três poderes, tinha muita força nos Estados Unidos, assim como na jovem república rio-grandense e no Prata, visto que muitos de seus lideres eram maçons.

      Os primeiros lenços encomendados que chegaram pelo porto da cidade de Rio Grande, foram queimados pelas forças imperiais ainda na alfândega dentro de seus próprios caixotes. Por outro lado, alguns exemplares que vieram por terra, conseguiram chegar no acampamento volante em terras de Manuel Moura. Estes exemplares eram lenços de seda, estampados no centro com emblemas e legendas, celebrando os feitos e ficaram conhecidos como “lenços farroupilhas”, dos quais ainda existem alguns exemplares em museus e em coleções particulares.

      O Lenço Farroupilha  possui uma simbologia para o estado do Rio Grande do Sul, por conter o Brasão de Armas (Símbolo Oficial). O lenço farroupilha foi encomendado a partir de Montevidéu no Uruguai para uma confecção nos Estados Unidos por intermédio de Bernardo Pires de Oliveira, apontado como o autor dos desenhos. 

      Em todos os lenços farroupilhas, conhecidos, aparecem as letras S. G. C., iniciais de Salve Grande Continente, segundo Alfredo Varela. Um novo exemplar de modo posterior foi confeccionado na Europa, na França ou na Alemanha e apenas chegou ao Brasil após assinada a paz da revolução farroupilha. 

      Novamente os lenços como bandeira ideológica voltam ao cenário de lutas no Rio Grande do Sul nas revoluções de 1893 e 1923, nestas contendas, enfrentaram-se os lenços brancos de republicanos ou ainda chamados de “chimangos” e os lenços vermelhos dos federalistas ou “maragatos”, até os dias de hoje, conhecidos, como os mais tradicionais. 

     Com o surgimento dos movimentos em prol do tradicionalismo e, com a consequente fundação do primeiro centro de tradições gaúchas, os gaúchos e tradicionalistas passaram a ostentar os lenços de tradição das suas famílias.

Conclusão 

     Na lida de campo, no dia-a-dia, o lenço continua a ser usado, por dentro da gola da camisa, como proteção para não suja-lá em dias de poeira, e também para limpar o suor do rosto se necessário.

     A simbologia e o uso dos lenços continuam forte na cultura gaúcha. 

     Quando, amarramos um lenço colorado e um lenço branco, juntos, temos neste ato o símbolo da paz eterna entre os gaúchos, neste ato rogamos para que nunca mais se derrame sangue de outro irmão gaúcho.

       O lenço é a herança que trazermos e cultuamos como lembrança dos nossos ancestrais.

     Com base neste estudo podemos concluir que os lenços, como parte da indumentária gaúcha, tiveram sua introdução no sul do continente pela colonização europeia, trazidos tantos pelos espanhóis quanto pelos portugueses, mas tudo indica, pelo contexto histórico do processo de colonização, especialmente do Rio Grande do Sul e, também da região do Prata que a difusão do uso deste apetrecho como parte da indumentária do gaúcho chegou primeiro pelas mãos dos espanhóis e dai pelo seus usos e costumes acabou espalhou-se praticamente por toda a America.

      Cabe aqui mencionar, para uma maior reflexão, que os índios americanos apaches, conforme registros históricos pesquisados, também usavam um lenço amarrado ao pescoço da mesma forma que o gaúcho ainda usa. Estes índios habitavam o norte do México e, também, tiveram um amplo contato com os espanhóis durante o processo de colonização daqueles povos no decorrer do século XVI. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

A Origem do Lenços e a sua Importância na Indumentária Gaúcha - Parte III

por Maxsoel Bastos de Freitas

2. A chegada dos Lenços no Brasil

      Quando a família real portuguesa chegou ao Brasil, no século 19, apresentou a moda dos lenços usados na cabeça para as pessoas que aqui moravam. Porém, o que nem todo mundo sabia nessa época é que os lenços eram usados na verdade para evitar a propagação dos piolhos nas embarcações que vieram da Europa.

     O problema com piolhos foi tamanho que a rainha Carlota Joaquina foi obrigada a raspar a cabeça.

     As portuguesas e espanholas começaram com a moda de usar lenços bordados na cabeça e caídos sobre os ombros. Já os homens e mulheres franceses optaram por lenços menores e mais discretos amarrados no pescoço. 


3. Primeiros Registros históricos do uso de Lenços no Rio Grande do Sul

     Saint-Hilaire (imagem) que esteve em terras gaúchas e no estuário do Prata entre os anos de 1820 e 1821, deixou importante registro histórico quando anotou que observou gaúchos argentinos da província de Entre-Rios e na cidade de São Borja e descreveu-lhes a indumentária da seguinte forma: 

     "Trazem os cabelos trançados e um lenço ao redor da cabeça, um outro lenço, a que dão um nó muito solto, serve-lhes de gravata; como arma exibem uma grande faca à cinta.

    Também realizando importante registro, na mesma época, o francês Nicolau Dreys , em suas anotações menciona o lenço dos gaúchos, cujo trecho merece destaque abaixo: 

    "...um lenço, quase sempre amarrado na cabeça,..." 

     Quando aos registros nas artes plásticas, temos obras como a no Uruguai, imortalizada por Juan Manuel Blanes quando pintou o gaúcho as vacarias de golilla, com o grande lenço aberto, esvoaçando às costas. Na mesma toada, em terras brasileiras, o pintor Jean-Baptiste Debret também materializou o gaúcho que vivia nas terras do Rio Grande do Sul com um lenço de pescoço, bem no inicio do século XIX. 

     Diante dos registros mencionados passa a ser indissociável que o lenço gaúcho era uma peça da indumentária gauchesca brasileira ou castelhana. Por esta afirmação o caminho da pesquisa a ser realizada passa a ganhar contornos mais amplos devido a necessidade que observarmos a influência castelhana/espanhola na introdução e reconhecimento desta peça de vestuário como parte de nossa indumentária cultural. 

Continua...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

A Origem do Lenços e a sua Importância na Indumentária Gaúcha - Parte II

por Maxsoel Bastos de Freitas
1. Origem dos Lenços 

     Os lenços, assim como as roupas, possuem como sua primeira função proteger o corpo. Porém, podem ser utilizados como identificação entre pessoas e seus grupos, suas origens, tribos, status social etc. A história antiga e, mesmo a contemporânea nos revela:

     – Que a rainha Nefertiti foi a primeira mulher na história a usar um lenço na cabeça em 1350 a.C. O tipo de lenço que a misteriosa rainha do Egito usava era conhecido como “khat”.

     – Em 1261 d.C a dança do ventre, dançada no Egito, trazia o lenço como acessório para a dança e para o figurino da dançarina, que amarrava o lenço na cintura como uma saia.

     – A rainha Vitória da Inglaterra e a princesa Elena Meshcherskaya da Rússia foram duas das responsáveis por ajudar a popularizar o lenço como acessório entre o ano de 1837 e 1843.

     Mais a fundo, constata-se que o lenço que deu origem as gravatas masculinas, cachecóis entre outros acessórios de vestuário tem uma história que remonta os antigos egípcios e passa pela história de croatas, franceses e chineses. A origem do lenço também passa pela antiga Roma por um pedaço de pano de linho que era chamado de sudário que significa “pano de suor” em latim.

     Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como Sangue de Ísis. Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função era proteger o corpo dos perigos da eternidade.

     Os romanos utilizavam esses tecidos para limpar o suor do rosto e do pescoço, dessa forma a utilidade era mantê-los limpos e não quentes como fazemos hoje em dia. Com o passar do tempo os lenços começaram a ser utilizados em volta do pescoço e também atados aos cintos. As mulheres romanas gostaram dessa moda e logo aderiram.

     Alguns historiadores acreditam que os primeiros lenços de pano eram utilizados pelos guerreiros do imperador chinês Cheng (Shih Huang Ti), em 230 a.C., contudo, existem registros de que esse tipo de lenço já era comum entre os mercenários croatas. 

     Em seu livro “La grande Historie de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994), Francoise Chaile nos conta sobre os aspectos deste apetrecho e sua posterior difusão:

     “(…) Por volta do ano de 1635, um grupo de 6 mil soldados e cavaleiros vieram a Paris manifestar seu apoio a Luis XIII e Richelieu. Entre eles havia um grande número de mercenários Croatas que, separados pelo exílio, permaneceram a serviço do rei Francês. (...)”

     Nesse caso havia até mesmo uma distinção social, hierárquica, pois, os simples soldados utilizavam lenços de algodão enquanto os oficiais utilizavam o acessório de seda.

      Os franceses gostaram tanto dos lenços coloridos de outros povos que passaram a utilizá-los em volta do pescoço, acessório que foi chamado de kravata que é uma palavra de etimologia croata que deu origem as gravatas. Para os franceses os lenços eram usados para mostrar a inclinação política do homem dependendo da cor escolhida.

Material dividido em 4 partes
Artigo de Maxsoel Bastos de Freitas
Parte II

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A Origem do Lenços e a sua Importância na Indumentária Gaúcha - Parte I

por Maxsoel Bastos de Freitas

Introdução 

     O objetivo deste artigo é reconstruir através de uma pesquisa e de uma consequente narrativa o processo de construção e patrimonialização de itens da nossa indumentária gaúcha. 


Imagem de Guido Moundin - Tela Fogo no pasto
     Este estudo passa a ter um recorte que apresenta o objeto de pesquisa: A origem do Lenço Gaúcho, que faz parte de uma indumentária típica e cultural para o povo do sul do continente americano e sua proposta como elemento que materializa a ideia de uma identidade gaúcha.

     O estudo parte de parcos recursos de pesquisas que invariavelmente acabam por repetir algumas definições que aparentemente não se lastreiam em bibliografias sólidas que possam indicar que para os conceitos usados foram utilizados métodos estruturados de investigação a cerca do tema. 

     Quando observamos usos e costumes que ultrapassam mais de um século, o registro do processo de construção e patrimonialização a partir do método de coleta histórica, precipuamente oral, carrega para o núcleo da pesquisa uma esfera oculta a respeito das trajetórias de construção da indumentária gaúcha, já que não há registro de estudos envolvendo o universo do acervo de indumentária que atualmente temos como identidade em nossa cultura, especificamente dos lenços. 

     É preciso ter cuidado porque um dos temas fundamentais para trabalhar com história que provem da oralidade, e quando pesquisamos a origem do lenço gaúcho nos deparamos com este recorte, é o das vozes ocultas, pois não há documentos sobre essas memórias, tornando-se muitas vezes campos mágicos ou obscuros para se explorar. Desta forma, é possível interpretar a história de um acervo e de uma cultura por meio da escuta aos interlocutores mais antigos e do registro da história de sua vida, onde a memória é tudo aquilo que remete ao passado no presente, dentro de um lapso de tempo e de um determinado lugar, no caso em analise, no Rio Grande do Sul.

     Pensando assim, este estudo ganha relevância ao termo que nos ajuda a pensar em como artefatos como os lenços passaram a fazer parte das vestimentas e, assim, que tenham passados a ter um sentido para o mundo e para a identidade visual e psicológica dos gaúchos. Do mesmo modo que os interlocutores vivos, as indumentárias, como no caso em estudo os lenços gaúchos, também são narradores e protagonistas de uma história que se personifica e transcende o próprio tempo.
Lenço Farroupilha

     Aqui, compreendemos que patrimônio cultural e de identidade é um status em que os Lenços Gaúchos tornaram-se a própria testemunha, uma fonte carregada de ideais e valores da sociedade na qual foram e são consumidos, usados e/ou constituídos.

     Relaciona-se patrimônio cultural com memória e marcas de identidade de uma sociedade, na qual a memória coletiva atua como narrativa do passado e constituinte de uma identidade social inegável.

     Ainda, os lenços, referidos aqui como parte da indumentária gaúcha, repita-se, são compreendidos como uma experiência condicionante das relações sociais, e não apenas um produto de estética resultante das conjunturas sociais e anseios políticos de uma época. Neste compasso, as interações sociais estão permeadas pelos objetos, onde a indumentária constitui um grupo e escancara seus ideais e vontades.

     Os lenços gaúchos, dentro de um espaço patrimonial, neste trabalho, são caracterizados como um verdadeiro documento, como parte da cultura material e como um bem cultural. O formato, o tamanho, a cor, os métodos de uso, os sujeitos envolvidos na criação bem como as formas de organização e inserção das peças em locais compreendidos como patrimônios são alguns dos aspectos que constituem a trajetória desses artefatos tão importantes.

Material dividido em 4 partes
Artigo de Maxsoel Bastos de Freitas

Programa Identidade Gaúcha vai encerrando as atividades de 2019

Léo Ribeiro, que já é da casa, com nosso mais novo convidado, Maxsoel Bastos de Freitas
          É sempre um prazer receber amigos no Rancho dos Bastos. Ainda mais quando um dos visitantes é também, Bastos. Pois, o Identidade Gaúcha recebeu Maxsoel Bastos de Freitas e nosso compadre, Léo Ribeiro de Souza, para o penúltimo programa de 2019.

            A música "Guria" de Maxsoel Bastos e Jaime Ribeiro levou três troféus da 41ª Califórnia da Canção de Uruguaiana (Calhandra de Prata, Melhor Interprete - Nicole Carrion - e musica mais popular), e eles falaram sobre este assunto e muitos outros. Inclusive teve entrevista por telefone com Nicole Carrion.

           Amanhã, 19/12 - Programa 231 - receberemos a chapa de Gilda Galeazzi, candidata a presidência do MTG.  Esperamos por vocês.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Porco à Pururuca vence o Bagual Chef, do CTG Chaleira Preta

       O concurso culinário que sacudiu Venâncio Aires, o ‘Bagual Chefe’ realizado nas dependências do CTG Chaleira Preta teve sua final, na sexta-feira, dia 13. Foram 15 etapas, desde o mês de abril, com uma gastronomia 'bem abagualada', preparadas pelos chefs concorrentes.

      Os jantares aconteceram em datas pré-determinadas, nas sextas-feiras, no galpão do CTG. Os concorrentes foram avaliados por profissionais da gastronomia, de Venâncio Aires, durante os 'jantares baguais' oferecidas a preço que não poderia ultrapassar R$ 15,00. O resultado foi dado durante jantar de confraternização.

Campeão
     O título de campeão do concurso ‘o melhor cozinheiro do Chaleira ficou com Jarlei Wacholz.  Ele que preparou no dia 22 de novembro um ‘porco à pururuca’, também conquistou o troféu de cozinheiro que levou o maior número de convidados ao jantar.

Boia mais bagual
     Atual presidente da Associação Tradicionalista (ATVA), o associado, Eagro Humberto Müller,  levou o troféu de ‘boia mais bagual’. Müller preparou no dia 16 de agosto ‘um porco no tacho’.

Menor preço

     O corrente Jonatan da Silva, com um cardápio denominado ‘entrevero de carnes’, feito no dia 6 de setembro, ficou com o troféu de cozinheiro com o ‘menor preço’ para o jantar.

As Etapas
05/04 – Jorge Fagundes – Porco recheado
26/04 – Roberto Meurer – Feijoada
24/05 – Édio Carvalho – Carreteiros
31/05- Tiago de Menezes – Galinhadas
14/06 – César Carvalho – Carreteiro de Linguiça
05/07 – Juliana – Boião
12/07 – Marcelo Loeblein – Costelão Recheado
26/07 – Adriano Franco – Carreteiro de Charque
09/08 – Patricia Camargo – Churrasco
16/08 – Eagro Muller – Porco no tacho
06/09 – Jonatan da Silva – Entrevero de carnes
04/10 – Sanir Freytag – Noite dos assados
18/10 – Kelen Dewes – Matambre Recheado
01/11 – Joelsi Ferreira – Noite das massas
22/11 – Jarlei Wacholz – Porco à Pururuca


Fonte: Beatriz Colombelli
A Folha do Mate

Modelo de credencial para delegados no Congresso Tradicionalista

Cada entidade filiada ao MTG tem direito a designar os seus delegados na seguinte situação:
- Entidade Plena (Departamento cultural, artístico e campeiro) 2 (dois) delegados eleitores;
- Entidade Parcial (Possuem além da área cultural, mais uma área de atuação) 1 (um) delegado eleitor;
- Entidade Especial (Uma área da cultura ou do folclore gaúcho) 1 (um) delegado eleitor.
______________________________________________________________

1 – Geralmente os delegados eleitores são o patrão e o capataz.
2 - Caso o patrão não puder ir no Congresso, deverá indicar um sócio da entidade que possua cartão tradicionalista com no mínimo 1(um) ano de vínculo na entidade.
3 – Essa indicação se dá através de um documento chamado de credencial, obrigatoriamente deverá ser preenchido com os dados do delegado eleitor e assinado pelo patrão da entidade.
4 – O Delegado Eleitor deverá portar seu cartão tradicionalista.
5 – Se o patrão foi eleito recentemente e não possuir cartão tradicionalista como patrão, deverá ser apresentado cópia da ata da eleição devidamente autenticada.
6 – Para ser delegado Eleitor deverá ter no mínimo 16 (dezesseis) anos de idade. 

C R E D E N C I A L
De acordo com o Regulamento Geral do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Artigo 56, inciso I e artigo 110, parágrafos 1º, 2º e 3°, CREDENCIO os seguintes (as) associados (as) abaixo nominados que representarão a Entidade no 68º Congresso Tradicionalista e na Assembleia Eletiva na cidade de Lajeado de 10 a 12 de janeiro de 2020. 


Delegado Plenária / Eleitor: ................................................................

Cartão Tradicionalista nº ...................................................................

Delegado Plenária / Eleitor: ................................................................

Cartão Tradicionalista nº ...................................................................

Delegado Plenária: ............................................................................. 

Cartão Tradicionalista nº:....................................................................

para o 68º Congresso Tradicionalista Gaúcho, de 10 a 12 de janeiro de 2020 em Lajeado. 




                ....................................., ......... de ........................... de 2020

                                   Nome:___________________________________________________
Patrão (oa) do _____________________________________ RT______
Número Cartão Tradicionalista ou nº ATA Eleição:__________________
Número do CPF:_____________________________________________

Pode copiar e colar no Word - colocar em folha timbrada da entidade e carimbar.

Elenir Winck, na reta final da campanha apresenta todos seus vices



Identidade Gaúcha será intenso nos próximos dias

Bueno...
     Vamos fazer de conta que estamos te apresentando o jovem "Identidade Gaúcha", já que tu nunca escutou esse programa. Sim, foi criado sem grandes pretensões, mas 'garrô preço' e, com certeza, valor.

     Ao conhecê-lo, logo tu notas que é um programa que realmente tem o DNA da gauchada, quase como uma roda de chimarrão, ao redor do fogo, onde os guaranis contavam as histórias do seu dia aos mais jovens. O mate passa de mão em mão, sorvendo democracia, onde falamos em coisas que identificam as pessoas apaixonadas por essa terra. 

      Como Auguste de Saint Hilaire descreveria o Identidade Gaúcha, se, após 200 anos, passasse aqui pelo Rio Grande, de novo? Esse jovem programa tem atingido mais de 5.000 ouvintes/internautas por edição (já estamos na 228). Pode parecer pouco, mas para uma rádio Web, leva bem o recado.

      Estamos chegando ao final do ano, e provavelmente, só teremos programa esta semana (semana que vem 3ª - é 24/12, 4ª - 25/12 e 5ª - 26/12 | na outra semana se repete) por isso estamos divulgando o que vem pela frente, agradecendo os amigos que fazem a audiência que temos.


       Esta terça vai reunir, mesmo que virtualmente, ex-prendas da 1ªRT que fizeram e que fazem historia. Vamos conversar ao vivo com a Mariana Matusiak e a Angélica Feijó (a Dudu) e por telefone com a a Lara Cilene, direto da França.

      E ainda, vamos conversar com os dois candidatos à presidência do MTG do Paraná, Luiz Sérgio Nicolotti e Ernani Barea. Além é claro, do comentário de Diogo Giovenardi, Medicina Campeira e Povoeira, com Severino Moreira, repontando datas com Léo Ribeiro de Souza e nossos correspondentes: Diéllen Soares e Douglas Uilliam.




        Na quarta-feira, 18, teremos a presença de Léo Ribeiro de Souza e Maxsoel Bastos de Freitas, ao vivo, para falar da Califórnia da Canção, Festivais e da música 'Guria', calhandra de prata e a melhor interprete do Festival, que vai falar conosco também (por telefone), Nicole Carrion. Nossos correspondentes, Igor Gava, Ticiana Leal e Daiana Dal Ros, além do comentário de Anderson Hartmann. 


        E, na quinta-feira, 19, a equipe de Gilda Galeazzi estará no Identidade Gaúcha para apresentar sua plataforma de trabalho que está levando para o Congresso de Lajeado, em Janeiro. Na quinta teremos ainda, o comentário de Leandro Araújo, Reminiscências, com Renata Pletz e nossa correspondente do litoral, Gilmara Silveira, visto que Priscilla Fonseca, de Pelotas, está em tratamento médico.

         Todos programas terão LIVE. Resta-nos agradecer o carinho de todos e oferecer aquilo que é muito nosso: Dedicação e profissionalismo.


Nossas vozes no Identidade Gaúcha - http://radioqueroquero.net 

sábado, 14 de dezembro de 2019

CBTG convoca para o seu Congresso, em fevereiro, na cidade de Colombo/PR

EDITAL DE CONVOCAÇÃO 
21º Congresso Brasileiro da Tradição Gaúcha


          João Ermelino de Mello, Presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha - CBTG - no uso de suas atribuições e conforme artigo 18º do estatuto social da Confederação e portaria número 001/2019 da mesma, convoca os senhores: Conselho Diretor, Membros do Conselho de Vaqueanos, Junta Fiscal,  Conselho de Ética e Delegados dos MTGs para o 21º Congresso Brasileiro da Tradição Gaúcha, a realizar-se nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro de 2020, na sede social do CTG Querência Santa Mônica, localizado em Colombo/PR, para deliberarem assuntos de sua competência em conformidade com artigo 20º do estatuto social da CBTG.


Campo Grande, MS, 14 de dezembro de 2019.

João Ermelino de Mello
Presidente da CBTG

Bom Jesus se prepara para o 15º SENATRO e 12º Encontro do Cone Sul sobre Tropeirismo


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Ajudem a pequena Helena

     Helena da Rocha Vogel era aluna de dança no CTG Tropeiros do Litoral, da cidade de Mostardas. No meio desse ano, enquanto se preparavam para uma pré-estreia, no meio de um ensaio, ela sentiu uma dor muito forte na perna. 

     Ela foi diagnosticada com um tipo de câncer muito raro, que a fez perder a perna esquerda. Hoje ela precisa da ajuda de todos para que ela consiga se recuperar totalmente, o tratamento é caro e ela precisa com urgência.

     O câncer pediátrico tem algumas particularidades em relação aos tipos de cânceres que acometem os adultos. Eles costumam ser bem mais agressivos e avançam de maneira muito mais rápida, mas a boa notícia é que a enfermidade tem alta chance de cura. Por isso esperam ver a pequena Helena com  esse sorriso maravilhoso que ela está encarando tudo isso. Ela é uma menina forte, que luta a cada dia para sobreviver, como uma guerreira. Faça a sua doação na Vakinha.com  ou  na Caixa Econômica Federal.

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/juntos-pela-helena-helena-da-rocha-vogel    
falta bem pouco para atingir a meta... R$50.000,00   (já esta em 41.000,00)

A data que marca o aniversário de Barbosa Lessa

            Barbosa Lessa nasceu em 13 de dezembro de 1929, em uma chácara nas imediações da histórica vila de Piratini (capital farroupilha). Devido à dificuldade para cursar uma escola regular, teve de aprender as primeiras letras e as operações matemáticas com sua mãe, a qual, ao se improvisar de professora, também lhe ensinou teoria musical, um pouco de piano e, inclusive, uma novidade na época chamada datilografia.

        Em Pelotas foi cursar o ginásio no "Ginásio Gonzaga, e aos 12 anos fundou um jornal escolar ("O Gonzagueano"), em que publicou seus primeiros contos regionais ou de fundo histórico. Lessa fundou o conjunto musical denominado "Os Minuanos" (uma das tribos indígenas no velho Rio Grande do Sul), que pretendia se especializar em música regional gaúcha mas que, por inexistência de repertório àquela época, teve de se conformar com o gênero sertanejo e um tanto de música urbana brasileira.

       Para cursar o 2º grau colegial, transferiu-se para Porto Alegre, ingressando no Colégio Júlio de Castilhos. Aos dezesseis anos de idade já colaborava para uma das principais revistas brasileiras de cultura ("Província de São Pedro") e obteve seu primeiro emprego como revisor e repórter da "Revista do Globo".

         No ano seguinte participou da primeira Ronda Crioula (que veio a dar origem à Semana Farroupilha) e, munido de um caderno de aula para coletar assinaturas de eventuais jovens que se interessassem pelo assunto, tomou a iniciativa para a fundação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas (CTG), o "35".

         Nesta agremiação ele retomou seu interesse pela música regional e, na falta de repertório, foi criando suas primeiras canções, tais como a toada "Negrinho do Pastoreio" - hoje um clássico da música regional gaúcha.

       Formando com seu amigo Paixão Côrtes uma abnegada dupla de pesquisadores, de 1950 a 1952, realizou o levantamento de resquícios de danças regionais e produziu a recriação de danças tradicionalistas. Resultado dessa pesquisa da dupla foi o livro didático "Manual de Danças Gaúchas" e o disco long-play (o terceiro LP produzido no Brasil) "Danças Gaúchas", na voz da cantora paulista Inezita Barroso.  Formou-se Bacharel em Direito (UFRGS), em 1952. 

        Incentivou a realização do 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, realizado em Santa Maria, em 1954, quando apresentou e viu aprovada sua tese de base socióloga "O Sentido e o Valor do Tradicionalismo", definidora dos objetivos desse movimentos.

       Esse grande homem nos deixou no inicio do ano de 2002, mas seu legado permanece vivo no povo gaúcho. Na data de hoje, se vivo fosse e estivesse conosco aqui na terra,  Barbosa Lessa estaria completando 92 anos.

BLOG: Ontem visitei Dona Nilza Lessa, que aos seus 87 anos enfrenta uma doença com calma e serenidade. Diz ela: "A gente sempre quer viver, mas, eu vivi bem a minha vida, nem gripar não gripava. Não sinto nada, mas ao mesmo tempo ao gosto de estar doente." - afirmou. Levei um arroz de leite pra ela, que gosta tanto... rimos, brincamos. Neste momento em que marca o aniversário de seu amado e saudoso esposo, ela precisava era de carinho.

André Teixeira lança clipe “Cinco e Meia da Manhã”

         O cantor André Teixeira lançou em suas redes sociais o clipe da música “Cinco e Meia da Manhã”. A canção, escrita na década de 1970, faz parte da singular produção poética de Edilberto Teixeira, a qual estendeu-se entre as décadas de 1950 e 1990.

        Musicada por André Teixeira, “Cinco e Meia da Manhã” venceu a edição de 2019, da Sapecada da Canção Nativa, em Lages (SC), e integra o conjunto de parcerias dos dois compositores gabrielenses.

        Na composição, estão registrados detalhes de uma manhã corriqueira de estância, onde ainda cedo o rincão começa a movimentar-se através de sua gente e de sua natureza. É a hora em que o mundo naquele lugar gira rodeado por sonoridades próprias e ao compasso de trabalhos cotidianos.

       "Cinco e meia da manhã" canta o dia a dia e enaltece sutilezas que são a verdadeira fortuna de um rincão campeiro. O clipe foi gravado na Estância Velha, em Lavras do Sul (RS), e conta com a participação dos músicos Ricardo Comassetto e Pedro Terra. 

      O clipe pode ser acessado no canal de André Teixeira, no YouTube, www.youtube.com/AndréTeixeira, ou direto no link: https://youtu.be/DO4tvBvgoV0


CLIPE
Artista e Direção: André Teixeira
Autores: Edilberto Teixeira e André Teixeira
Imagens: Eduardo Rocha
Edição: Gustavo Rafael

CONTATOS
André Teixeira - andreteixeira.sg@gmail.com(55) 99972-8429
www.andreteixeira.net
www.facebook.com/andreteixeira.sg
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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Leilão de Aperos vence a 41ª Califórnia da Canção, de Uruguaiana

           A 41ª Califórnia Canção Nativa de Uruguaiana – pioneira dos festivais gaúchos, nascida há 48 anos – se encerrou na madrugada de domingo, 8, no Teatro Municipal Rosalina Pandolfo Lisboa. 

           A milonga “Leilão de Aperos”, composição de Flávio Saldanha e Nilton Ferreira e com interpretação de Vinícius Brum, venceu a Calhandra de Ouro 2019, que ficou também com o prêmio de melhor letra. A Calhandra de Prata e Canção Popular, foi para o valseado “Guria”, composição de Jaime Ribeiro e Maxsoel Bastos de Freitas (que estiveram transmitindo pela rádio 96 FM e Quero-Quero), interpretada por Nicole Carrion, também escolhida como melhor intérprete.

Melhor instrumentista: FELIPE GOULART (ITAQUI) VIOLÃO 7 cordas.

Melhor intérprete: NICOLE CARRION (LIVRAMENTO)

Melhor Melodia: LENIN NUNEZ, Música: QUERÊNCIA MORENA

Melhor Letra: FLÁVIO SALDANHA, LEILÃO DE APEROS.

Calhandra de Bronze: O ANJO E O LOUCO (letra: Vaine Darde- Música: Lenin Nunez - INT: Loma.

Calhandra de Prata: GURIA(letra: masxoel Bastos - musica: Jaime ribeiro - int: NICOLE CARRION

A música mais votada pelo público: GURIA.

Calhandra de Ouro: LEILÃO DE APEROS
Letra: Flávio Saldanha - Música: Nilton Ferreira, int: Nilton Ferreira

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Nota de Falecimento - Patrocínio Vaz Ávila

          É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de Patrocínio Vaz Ávila, 80 anos, militar da reserva, poeta, declamador, natural de Santana do Livramento, mas residente em Cachoeira do Sul, sua querência.

           Foi duas vezes campeão do Rodeio de Vacaria, várias vezes campeão em festivais de poesia, Mobral,  e,  da Sesmaria de Osório, onde foi o homenageado da 16ª Quadra, em 2011. Foi Bi-campeão do “Bivaque” de Campo Bom. Possuía em sua mala de garupa, mais de dez CD´s gravados em festivais de poesias, e um especial, em homenagem ao poeta Apparicio da Silva Rillo.

           Ávila faleceu na manhã desta segunda, as 6h, está sendo velado na capela funerária Madre Tereza, ao lado do cemitério municipal, onde será o sepultamento as 8h30, desta terça, 10 de dezembro.

           Nossa oração a este irmão que desencarna e volta para o lar com o Pai, cavalgando nos versos e nas poesias que tanto alegraram as pessoas. Pedimos a Deus que conforte o coração daqueles que ficam.