Elenir Winck emite nota aos tradicionalistas

Chapa de Coração pela Tradição, serenidade e compromisso.

NOTA AOS TRADICIONALISTAS

     A demora para que a gente viesse a público se posicionar talvez resida na incredulidade de cada um dos fatos que a cada dia nos surpreendiam. Estamos perplexos diante de cada um dos últimos acontecimentos.

     Nossa intenção sempre foi preservar a lisura e a credibilidade construída ao longo de mais de cinco décadas como entidade. Sempre respeitamos as decisões administrativas do nosso Movimento - seguindo a risca nossos documentos como Estatuto, Regulamento, Coletânea Tradicionalista, Código de Ética, além, claro, de exercer os preceitos de nossa Cláusula Pétrea, a Carta de Princípios.

     Quebramos a nossa tradição. Pela primeira vez na história perdemos a capacidade de nos autogerenciar transferindo à justiça comum a responsabilidade de interpretar a nossa legislação interna.

     Entretanto, seguimos acreditando nos valores que nos trouxeram até aqui e na autonomia do MTG - um dos maiores movimentos Sócio-Cívico-Culturais do Mundo (UNESCO).

     Apesar de não concordarmos com essa judicialização e acreditarmos que as questões tradicionalistas deveriam ser decididas por tradicionalistas, estamos tomando agora as medidas que julgamos cabíveis para manter vivos os nossos valores mais essenciais e a dignidade do nosso querido Movimento.

     Muito obrigado a cada um que segue preconizando os mesmos valores!

Equipe "De Coração Pela Tradição"

Opinião do BLOG:

     Acredito que Dona Elenir esteja certa em aguardar os desdobramentos. Nas redes sociais as pessoas vão para lá para se ofender, achar que tem mais razão que o outro. E digo mais, conheço gente que nunca leu nenhum regulamento e hoje é jurista, um exímio operador do direito. Vejo alguns manipulando, com tanta facilidade, quanto ao que, acusam outros de fazê-lo.

     Vi gente falando que tinha bebida alcoólica no Congresso, tinha até gente com faca na cintura. Me lembra o Parque da Harmonia, quando alguém disse, em uma reunião dos festejos: "Essa gente bebe e tem arma na cintura, tem que tirar a faca deles...". Vi gente comprar bota ontem e, como dizia meu avô, "cagar lei", hoje. Li, em algum lugar escrito: "Como tudo isso chegou, aonde chegou!" - Claro, quando avisamos que ia dar nisso, por motivos óbvios foi ignorado. Um grande amigo, interpretando regulamentos que nunca leu na vida, me fez até desistir de argumentar, pois contra a força, não hai argumentos.

     Como cobrar regulamentos depois deste episódio, não sei. Mas como diz um áudio, que ouvi essa semana: "antigamente era mais puro, não tinha tanto regulamento" - Como assim? Pelo menos nos últimos 35 anos, sempre foi, sempre teve regras a se seguir. Só que a sociedade era mais adepta aos tais regulamentos. Alunos respeitavam professores. Filhos respeitavam os pais. Profissionais respeitavam "conselhos e ordens", as quais pertenciam. Veio a era do "não dá nada" - e, por isso digo, vai ficar pior. 

    Aos amigos, até um dia, em algum churrasco debaixo da figueira. Nesses dias nebulosos é que conhecemos os amigos verdadeiros.