quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

73ª Geração e Distribuição da Chama Crioula do Rio Grande do Sul

   
         No ano de 1947 foi criado na capital gaúcha, no Colégio Júlio de Castilhos, um Departamento de Tradições Gaúchas, que tinha como objetivo resgatar, preservar e proporcionar a revitalização das coisas da s tradições do Rio Grande do Sul, através da história gaúcha. Naquele momento, um grupo de jovens do colégio, liderados por João Carlos D'Avila Paixão Côrtes, manifestou o desejo de fazer,  a cavalo, o acompanhamento dos restos mortais do General Farroupilha, David Canabarro, que era transladado ao Panteão Rio-grandense no cemitério da Santa Casa. O simples gesto desses jovens, dois dias depois, ao retirar a centelha da pira da Pátria, quando era meia noite do dia 7, acendendo um candeeiro crioulo que foi guardado no Colégio, dando origem à Chama Crioula, que passou a simbolizar o apego do gaúcho à sua terra, o nativismo, o  telurismo.

           Em todos os povos e culturas, o fogo sempre foi associado às forças espirituais. É símbolo da divindade e das chamas do inferno. Ao mesmo tempo, o fogo é, dos quatro elementos da natureza, o mais sutil. Afinal de contas é o único com o qual a gente não pode entrar em contato direto.


          O fogo é fonte de luz e nos aquece. Mas ninguém pode tomar banho no fogo, respirar fogo ou pegar fogo sem se ferir. O fogo fere porque ele é pura transformação. Nunca é igual, nem a si mesmo.

           A Chama acesa em 1947,  permanece acessa dentro de cada um de nós, 73 anos depois, demonstrando nosso respeito às instituições, valorizando a nossa cultura tradicional, à palavra empenhada, e nossa demonstração de civismo, patriotismo e amor ao Rio Grande e suas mais caras tradições. 

           Este ano a chama será acesa em Canguçu. Terra de Joaquim Teixeira Nunes, que irá receber o Rio Grande para a 73ª Geração e Distribuição da Chama Crioula do RS. Serão dois dias de confraternização e fortalecimento da cultura gaúcha, esperamos você!

14 de agosto - Geração da Chama
15 de agosto - Distribuição às 30 Regiões Tradicionalistas

Outros acendimentos (curiosidades):

2001 - Guaíba, na fazenda de Gomes Jardim
2002 – Laguna/SC, Distribuição em Santa Maria
2003 - Camaquã, na Chácara das Aguas Belas, de Barbosa Lessa
2004 - Erechim, no Recanto dos Tauras
2005 - Viamão, cidade fundamental na história do RS
2006 - São Gabriel, na Sanga da Bica, onde tombou Sepé Tiarayú
2007 - São Nicolau, 1ª redução e um dos 7 povos das missões
2008 - São Leopoldo, Terra de Colonização Alemã
2009 - São Lourenço, no casarão de Ana, irmã de Bento Gonçalves
2010 - Itaqui, o acendimento volta para a fronteira
2011 - Taquara, cinquentenário da Carta de Princípios
2012 - Venâncio Aires - Capital Nacional do Chimarrão
2013 – General Câmara – Distrito de Santo Amaro
2014 – Cruz Alta – Terra de Erico Verissimo
2015 – Acendimento internacional na Colonia do Sacramento e no Brasil a distribuição no Chui
2016 – Triunfo – Terra de Bento Gonçalves e da Batalha do Fanfa
2017 – Mostardas
2018 – Iraí
2019 – Tenente Portela

Os próximos 10 acendimentos da Chama Crioula

2020 - Canguçu 21ªRT
2021 - Camaquã 16ªRT
2022 - Caxias do Sul 25ªRT
2023 - Alegrete 4ªRT
2024 - Rio Pardo 5ªRT
2025 - Passo Fundo 7ªRT
2026 - Lagoa Vermelha 8ªRT
2027 - Santiago 10ªRT
2028 - Bento Gonçalves 11ªRT

2029 - Soledade 14ªRT

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