segunda-feira, 13 de abril de 2020

Data comemorativa - A 1ª execução do Hino Nacional Brasileiro

 
     Em 13 de abril de 1831, no Teatro São Pedro de Alcântara, que ficou
conhecido também como Teatro Constitucional, localizado na praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro, foi executado pela primeira vez o Hino Nacional Brasileiro. A melodia (da Marcha Triunfal), composta por Francisco Manuel da Silva (membro da Imperial Academia de Música)

     Antes desta data, o hino considerado “nacional” era aquele composto por Dom Pedro I após a Independência, em 1822, que hoje é intitulado o Hino da Independência (Já podeis da Pátria Filhos...).

       Francisco Manoel da Silva, como muitos outros brasileiros do período, acreditavam que o governo da Regência e o futuro imperador, o menino Pedro de Alcântara, nascido no Brasil (e não lusitano, como o pai), seriam opções melhores para a nação. Após o dia 7 (abdicação de D.Pedro I), empenhou-se então o maestro na composição do Hino que marcaria o dia histórico para a atmosfera política do Império do Brasil. Um poeta da época, Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, escreveu um poema que foi quase que imediatamente acrescentado à melodia. 

      A parte instrumental da introdução do Hino Nacional Brasileiro possuía uma letra, que acabou excluída da versão oficial do hino. Essa letra é atribuída a Américo de Moura, natural de Pindamonhangaba, presidente da província do Rio de Janeiro nos anos de 1879 e 1880 (Nassif). 

Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
Cumpri o dever na guerra e na paz
À sombra da lei, à brisa gentil
O lábaro erguei do belo Brasil
Eia! Sus, oh, sus! (2)   - sus, interjeição do Latim, "pra cima", "avante" -
       
Vocabulário
Plácidas: calmas, tranqüilas
Ipiranga: Rio onde às margens D.Pedro I proclamou a Independência do Brasil 
Brado: Grito
Retumbante: som que se espalha com barulho
Fúlgido: que brilha, cintilante
Penhor: garantia
Idolatrada: Cultuada, amada
Vívido: intenso
Formoso: lindo, belo
Límpido: puro, que não está poluído
Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul
Resplandece: que brilha, iluminidada
Impávido: corajoso
Colosso: grande
Espelha: reflete
Fulguras: Brilhas, desponta com importância
Florão: flor de ouro
Garrida: Florida, enfeitada com flores
Idolatrada: Cultivada, amada acima de tudo
Lábaro: bandeira
Ostentas: Mostras com orgulho
Flâmula: Bandeira
Clava: arma primitiva de guerra, tacape

A letra do Hino Nacional do Brasil foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornou-se oficial no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700.

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