Vestido de Estancieiro, participando com a Cia de Artes Universo em Dança, de turnê pelo Brasil e na Europa |
Trago aqui um exemplo que eu votaria de olhos fechados. Isso por que conheço a caminhada, conheço a índole e sei que carrega valores consigo fundamentais para a nossa sociedade. Conheça hoje, o pré-candidato a prefeito da cidade de Butiá, 2ª Região Tradicionalista, o Destaque Cultural do Rio Grande do Sul 2004/2005, Joel Maraschin.
Aos 32 anos, Joel é natural de Butiá onde, atualmente, é vereador pelo MDB, o segundo mais jovem da história do município. Ele também é jornalista, piloto de helicóptero e bombeiro voluntário. Passou a participar das atividades tradicionalistas aos cinco anos de idade, nas invernadas mirins do CTG Saudades do Pago, mesma entidade que seu avô já havido feito parte da patronagem e sua mãe tinha sido 1ª Prenda na década de 70.
BLOG - Joel, qual os caminhos que trilhastes no meio tradicionalista?
No CTG Saudades do Pago foram mais de 15 anos de atividade plena. Participei das invernadas mirim, juvenil e adulta, onde na parte cultural fui 2ª Piá Farroupilha e 1º Guri Farroupilha, por duas vezes. Na primeira vez participei do concurso regional ficando em 2º lugar, como o primeiro desistiu de participar do Entrevero Estadual de Peões do MTG, acabei representando a 2ª RT.
Ao final fiquei em 3º lugar, mas foi desclassificado por ter errado uma baliza na prova de rédea. No ano seguinte, como não houve representante das entidades no concurso regional, fui nomeado Guri Farroupilha da 2ª RT, onde já com conhecimento acumulado e grande participação no Movimento Tradicionalista, novamente participei do Entrevero Cultural de Peões. Desta vez, fui eleito Guri Destaque Cultural do Rio Grande do Sul 2004/2005.
Quando Joel deixou de participar das atividades em seu CTG, passou a integrar a Cia. de Artes Universo em Dança, onde passou a dançar folclore gaúcho de projeção, sendo campeão de diversos concursos de dança no Rio Grande do Sul e Santa Catariana, e ainda participando de turnês pelo Ceará, Portugal e Espanha.
BLOG - O que tirastes de proveito nas atividades que desempenhastes no CTG ou como peão regional/estadual?
Muito conhecimento. Aprendi a ser autodidata em vários assuntos, desenvolvi um método para estudar, que uso até hoje para poder absorver conhecimento. Fui a fundo na história do Rio Grande do Sul, Geografia, Tradição, Tradicionalismo e Folclore, onde passei a dar palestra em escolas sobre os temas. Perdi a vergonha de falar em público, aprendi a cantar, declamar, tocar um instrumento. E melhorei muito na relação interpessoal, melhorando minha forma de comunicação e de se relacionar com as pessoas.
Na foto de cima com Cyro Dutra Ferreira e Wilmar Winck de Souza e seus colegas de gestão estadual. Abaixo (E) com Manoelito e Odila Savaris e ao lado, com o filho no colo |
Eu devo tudo, por ter chegado onde cheguei ao tradicionalismo. Fui criado dos 5 aos 20 anos dentro de um CTG, seguindo as raízes da minha família materna. Aprendi a ter postura, ser mais educação, respeitar hierarquia, honrar nossos antepassados, ter orgulho dos nossos símbolos, entender o que a Carta de Princípios fala e que podemos leva-la não só para dentro de um CTG como para nossas vidas. Enfim, pude ter uma formação sócio-cívico-cultural como poucos, graças ao tradicionalismo, graças à alma gaúcha e isto é presente em mim até os dias de hoje, mesmo não sendo mais tão atuante como no passado.
BLOG - Acha importante que os pais levem seus filhos para um CTG?
Tenho certeza que isso faz toda diferença na educação de uma criança, eu sou prova viva disso. Eu tenho um filho que completa 5 anos em dezembro, tem pilcha desde bebê, já desfilou à cavalo comigo num 20 de setembro, já se apresentou na escola dançando o pezinho na semana Farroupilha, e o ano que vem já planejamos colocar ele na invernada também.
Minha esposa já foi 1ª prenda do CTG Vaqueanos da Querência, que é outra entidade de Butiá, meu sogro foi patrão dessa entidade por quase uma década também e o avô dela coordenador da 2ª RT, nos anos 90. Meu dindo foi coordenador da 2ª RT também. O tradicionalismo está presente em nossa família há três gerações, e com certeza irá para a quarta.
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