sexta-feira, 18 de setembro de 2020

A tradição não tem dono - por Léo Ribeiro de Souza


     Ontem aconteceu a formatura da minha esposa, que além de se formar, foi laureada como a melhor nota do curso de jornalismo e a segunda melhor média da UniRitter (todos cursos). Ai, além da festa de dia, foi festa à noite, também. Fiz somente uma postagem sobre o assunto no twitter, instagram e no facebook. Não me debrucei sobre o vídeo que tomou conta das redes sociais.

     Vejam que vivemos em tempos de pandemia do Coronavírus e, também, de falta de respeito, uma pandemia de vaidades (eu sou!). Como vejo essa situação? Só lamento. Assim como o Léo, não entrarei em debate de quem está certo e de quem está errado (Isso, a sociedade, os tradicionalistas e tribunal das redes sociais estão julgando). Só sei que líderes, postulantes ao cargo maior do tradicionalismo no RS, não podem ter um comportamento desrespeitoso com aqueles que o escolheram para ser um facilitador. Vejamos o raciocínio de Léo Ribeiro de Souza:

    "É lamentável que num momento de reverência a uma parte bonita da história Rio-grandense temos que dar vasa a truculência e a rinhas políticas.  Contudo, não podemos deixar de manifestar repúdio ao episódio ocorrido na 12ª Região Tradicionalista entre sua coordenadoria e alguns de seus associados (Leia-se Piquete memórias do Passado, de Sapucaia do Sul) na disputa por um simples acendimento de chama crioula, na data de 13 de setembro. Nem vamos entrar no mérito de quem tem razão. A essa altura não importa.

     Mas por que isto acontece? Por que muitos se imaginam proprietários da tradição. O EU vem antes do NÓS. As vaidades precedem a humildade e os valores monetários, por vezes, falam mais alto que a cultura em si.

     A tradição não tem cor. É chimanga, maragata, negra, índia, alemã, bugra... Não tem data ou lugar de nascimento pois brotou de um conjunto de fatores ao longo dos tempos.

      Da mesma forma, a tradição não tem classe social e, ao mesmo tempo, esta inserida em todas. Do peão de estância aos literatos.

      Quando percebermos que a tradição está acima do indivíduo, estaremos habilitados a sermos guardiões dos legados ancestrais".  

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