terça-feira, 20 de outubro de 2020

Editorial | PELOS LAÇOS DA TRADIÇÃO - por Manoelito Carlos Savaris


        Anualmente, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) elege 50% dos integrantes do Conselho Diretor, bem como a integralidade da Junta Fiscal. Na mesma oportunidade são escolhidos, entre os membros titulares do Conselho Diretor, os integrantes da Diretoria Executiva composta de um presidente e cinco vice-presidentes.

     Esta forma de escolha dos dirigentes do Movimento é feita desde a sua fundação em 1966. Nestes 54 anos de existência tive a satisfação de ser eleito o presidente do Conselho em sete oportunidades. Nessas oportunidades contei com o apoio de muitos e valorosos tradicionalistas e de realizar, com eles, muitas coisas que reputo terem sido boas para o Movimento.

     Agora, para a eleição de 2021, passados cinco anos da última em que participei, decidi me colocar novamente à disposição do Movimento e suas 1.750 entidades filiadas. Alguém pergunta, mas por quê? Novamente?

     As razões que me levaram a aceitar este novo desafio passam pelas convicções que tenho a respeito da finalidade, objetivos e forma de organização do Movimento. É evidente que não concordo com a forma como o Movimento foi administrado nos últimos tempos, mais precisamente nos últimos três anos. Perdeu-se o foco, distorceu-se a organização e as prioridades distorceram as finalidades.

     Talvez o maior problema tenha sido a grande divisão que o movimento sofreu. Discordâncias, debates, até algumas mágoas sempre existiram, mas a divisão e as inimizades que floresceram nestes três anos são novas para a história do MTG. Não tenho dúvidas que o esforço mais importante a ser feito será o de recompor a paz, refazer as amizades, enlaçar a todos num único caminho, darmo-nos as mãos e avançar para superar tempos que se anunciam terríveis, para a sociedade, para as famílias e para o MTG.

     Claro que temos metas a alcançar e elas são simples e objetivas.

     Assim como temos princípios e valores que fundamentam as nossas atitudes, não como promessas, mas porque sempre estiveram ali a nos iluminar.

     Respeito, transparência, honestidade e dedicação são princípios que regem a vida das pessoas de bem. Tenho a pretensão de dizer que sou uma dessas pessoas.

     Com relação ao Movimento, reafirmo o que escrevi em Tese aprovada no ano de 2018, os valores prioritários do momento são a simplicidade, a tradicionalidade e o voluntariado. Todas as ações e decisões devem ter estes valores como medida. 

   Por fim, devo afirmar que coloquei meu nome à disposição do Movimento a partir da certeza de ter ao meu lado, me ajudando a decidir e me aconselhando permanentemente, a minha Mulher Odila. Ela é e seguirá sendo a minha primeira conselheira e o meu mais imediato amparo.

     A frase que escolhemos, “Pelos laços da tradição”, e a logotipia definida,

com um laço enrodilhado tendo ao centro um aperto de mãos sobre as cores da bandeira farroupilha, falam por si. Não são somente elementos de impacto visual, são traduções das nossas convicções e dos nossos compromissos.

     Espero contar com o apoio e a confiança da maioria dos tradicionalistas do rio Grande do Sul.



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