Uma amazona nata. Campeira, mulher do pé no estribo. Mas, muito mais do que isso, Luciana Heitelvan simboliza a força da mulher gaúcha muito pelo seu esforço, determinação, perseverança e paixão pelas causas abraçadas. Ninguém realiza nada sozinho. E no dia 14 de dezembro recebeu a honraria de ser laureada co o título de cidadã taquarense, indicação da Vereadora Sandra Beatriz Schaeffer.
LUCIANA HEITELVAN FERREIRA DOS PASSOS, “LUCIANA HEITELVAN”, nasceu em 22 de fevereiro de 1956 no Hospital de Caridade de Canela-RS. Filha de Mário Oliveira Heitelvan, natural de São Francisco de Paula e de Amélia Weber Heitelvan, natural de Canela. Foi batizada na Igreja Nossa Senhora de Lourdes “Catedral de Pedra”. Seus padrinhos foram: Gabriel de Moraes Velho “Biélo” e Norbertina Alves Velho “Beta do Muniz” Ainda em 1956, seu pai foi transferido do Banco Nacional do Comércio de Canela para Três Coroas. Onde passou então a viver desde os meus 9 meses de idade.
Estudou no Colégio Estadual Doze de Maio e também integrou o Conjunto Musical “12 de Maio” (violão e voz) o qual era a sensação das “Apresentações do Cinema”, promovidas pelo Colégio a cada mês, com diversas apresentações artísticas e casa cheia, no Cine Icaraí, com seus ventiladores de madeira, obra do senhor Ivo Volkart - um homem a frente de seu tempo - e de seu filho Vitor Volkart. No colégio era popular por retratar pessoas em desenho com grafite. Graças a este dom, recebeu uma Menção Honrosa do Banco Português e Brasileiro, com o tema “O menino e a caravela”; e uma premiação em dinheiro, por um desenho retratando de cabeça, um colégio de Canela/RS.
Desde criança, aprendeu as “lides de casa” e teve na sua mãe a inspiração, pelas suas inúmeras habilidades com trabalhos manuais, cozinha, etc.
Em 1971 seu pai recebeu transferência para gerenciar a agência de Taquara, mas teve a opção de Novo Hamburgo. Optou por Taquara e passaram a residir no majestoso prédio do “Banmércio”, erguido no terreno, onde outrora foi morada de Tristão Monteiro, o que lhe honrou saber.
Seu pai veio com a tarefa de “por a casa em ordem”, visto que a agência estava prestes a fechar. Sua mãe logo fez boa clientela para seus tricôs à máquina, encaminhados pela “Casa das Lãs”. Cursou Secretariado no CNEC.
Em 1975, casou-se com José Carlos Ferreira dos Passos, natural de Rolante (in memorian), com quem teve três filhos: Carolina, Monica e José Alberto.
Em Setembro de 2005, aderiu ao movimento organizado, associando-se ao 2º CTG do Mundo, o CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS “O FOGÃO GAÚCHO”, sob número de matrícula: FG/72526.
O que mais lhe motivou foi o fascínio por todo o simbolismo da “CHAMA CRIOULA” e o que ela representa. Tudo começou por ela... e tudo sempre começa com a presença dela.
Quando passou a se inteirar e entrosar no assunto, passou a registrar com fotos e filmagens; e a relatar nos restritos meios da época, nos idos anos de 2002 em diante. Era uma época em que quase ninguém o fazia. Ouvia-se alguma coisa em rádios e lia-se em jornais. Não existia internet, assim como se apresenta na atualidade.
A Página do Gaúcho, na época, era o único portal que divulgava a Cultura Gaúcha e Luciana a achou!
Passou a usar o pequeno espaço do “Mural de Recados” para relatar passeios que fazia pela região e em outras e com isso, proporcionou a muitos gaúchos desgarrados pelo mundo, a matarem saudades do pago, a ponto de desejarem arrumar a mochila e voltar (soube das reações, por intermédio do administrador da página, que recebeu as mensagens por e-mail).
As fotografias que existem na Página do Gaúcho, de sua autoria, que estão na Sessão “Papel de Parede”, na época, precisavam ser impressas e enviadas pelo Correio. Mas elas estão lá...
Teve fotografia usada em capa de CD e em livro, como é o caso do Livro “Flores da Corticeira” do doutor e escritor caxiense, Eduardo Festugato (in memorian).
Conheceu muita gente influente no meio: escritores, pesquisadores e foi conhecendo aqueles que fazem a diferença no tradicionalismo, nativismo, etc.
Participou de grupos de discussão, entre pessoas muito, digamos, “letradas” (via e-mail) e certa feita, foi denominada de “polarizadora de pessoas”, pelas mais variadas razões e até, às vezes, por apaziguar...
Considera-se privilegiada pela oportunidade que teve e ainda tem, de relacionar-se naturalmente com pessoas destacadas, que fazem diferença, que incentivam, inspiram, são mestres, conselheiras, parceiras e que nem poderia citar aqui, pois, de tantas que são, correria o risco de esquecer alguém.
Pela sua insistente presença em alguns eventos, a fotografar e colher dados para fazer relatos, conheceu algumas destas pessoas que fizeram a diferença na sua trajetória e um dia veio o convite para participar de uma cavalgada, que não era qualquer cavalgada. Era a Cavalgada Comemorativa dos 100 anos da Emancipação Política de São Francisco de Paula, que teve o percurso entre Taquara e São Chico - Caso a ser muito bem estudado e pensado.
Faltavam alguns meses e passou a pesquisar sobre treinar, cavalgar, cavalos, e indumentária gaúcha. Escolheu um lugar de passeios a cavalo e durante três meses treinou o básico com um cavalo muito manso – o que é muito coerente. Assim, e com muita parceria e ajuda, sentiu-se apta a participar e concluiu a cavalgada com sucesso...e então, a enzima Cavalo/homem foi agregada...
Fez parte da organização de várias edições da Cavalgada Humanitária M’Byá Guarani, com a divulgação e etc. Nunca se limitou a apenas montar cavalo. O Evento que atingiu notoriedade além fronteiras, projetando e valorizando o turismo de Riozinho-RS.
Idealizou cavalgadas da Lua Cheia, também visando resgates de costumes e proporcionando um olhar que só a cavalo se consegue ter.
Idealizou e coordenou a Cavalgada de Prendas do Paranhana, que teve 7 edições.
Evento que provocou comentários como: Cavalgada com aroma de mulher e sabor de chimarrão”, pela revista carioca Persona Mulher; Poesia com o título “ De brinco e espora” (por Jorge Onofre da Silva “Jorge das facas”) e teve menção no Livro dos 50 anos do MTG – “50 Anos de preservação e valorização da Cultura gaúcha” (2016), no Capítulo 8, pgs. 168 à 175 – O Papel da Mulher no Tradicionalismo”.
Coordenou as duas edições da Cavalgada do Bem – Iniciativa do Banco de Alimentos do RGS/RBS/MTG-RS.
Esteve sempre atuando junto às coordenações das Cavalgadas da Chama Crioula, de responsabilidade da 22ª Região Tradicionalista.
Diversas outras participações:
Idealização, Projeto e execução da restauração da Galeria de Fotos de Patrões e Prendas do CTG O Fogão Gaúcho, com a parceria de Vera Lúcia Altmeyer, em nome das Cavaleiras dos Paranhana. Para custeio das despesas, organizaram o Baile de Candeeiro à Moda Antiga, com Café Típico Campeiro, que foi um sucesso!
Incentivo ao Projeto Amazonas RS, de Carla Konzen Fotografia, Concurso Fotográfico Unimed/Jornal Panorama, retratando Taquara, cidade e interior.
IV Salão Gaúcho do Turismo/Mostra de Roteiros Integrados do Mercosul, em 03/08/2006 a convite da Câmara de Turismo do RGS, pelo nosso projeto “Passeios a Cavalo” (do Marco Aurélio Angeli e seu).
Cursos de Formação Tradicionalista CFOR Básico, em 02/12/2006, Porto Alegre e CFOR Patronagem, em Taquara. Temário: História do Tradicionalismo – Liderança – Estrutura do MTG-FCG e objetivos dos concursos – Filosofia do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Títulos Recebidos do MTG-RS
- Cavaleira Rio-Grandense 3º grau
-Cavaleira Antonio de Souza Neto 2º grau
- Cavaleira Bento Gonçalves 1º grau (com 5000km percorridos)
Sendo assim, “Membro da respeitável ORDEM DOS CAVALEIROS DO RIO GRANDE DO SUL – ORCAV-MTG/RS – Representa o reconhecimento por méritos tradicionalistas, pela participação em expressivas cavalgadas.”
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