A SPN Produções lançou no dia 4 deste mês, o documentário que registra parte importante da trajetória internacional de Paulo de Freitas Mendonça, como pajador.
Conhecido internacionalmente como “Pajador do Brasil”, Mendonça atuou pela primeira vez no exterior, em 1982, no Uruguai. Depois passou a ser requisitado em diversos países americanos e europeus, sendo que está às vésperas de completar 40 anos desta carreira exitosa e sem fronteiras.
O pajador rio-grandense possui reputação elogiável no ambiente dos improvisadores do mundo e perante o público de diversos países. Se tornou reconhecido por sua veia poética e seu dom de improvisar, mas também por seu trabalho de pesquisa e seus estudos sobre o assunto em âmbito universal. É um dos poucos autores no mundo com trabalho científico publicado com esta amplitude sobre a poesia oral improvisada. Em virtude disso, já apresentou palestras em inúmeras universidades e incontáveis congressos, seminários e jornadas sobre improvisação nos continentes americano e europeu, passando a ser respeitado por isso. Possui textos de sua autoria em livros no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Cuba, México, etc. Também participa de discos em diversos países. Mendonça tem realizado contrapontos com a imensa maioria dos mais importantes improvisadores do mundo, levando a cultura gaúcha e brasileira aos mais distantes recantos do planeta.
O documentário relata algumas passagens desta caminhada, demonstra o longo caminho percorrido pelo pajador no decorrer destes anos, levando o nome do Brasil a diversos dos mais importantes palcos da poesia oral improvisada do mundo, porém ressaltando sempre o Rio Grande do Sul e salientando a cultura gaúcha como um fundamental signo da formação étnico-cultural dos povos do sul do país e, também, sem nunca esquecer o seu rincão natal. A cidade de São Pedro do Sul é citada em entrevista, como uma região onde o verso improvisado é pulsante, da mesma forma, é salientada em improvisações gravadas ao vivo, como o pago do Pajador do Brasil.
Nos 52 minutos do audiovisual, se aprecia depoimentos de 49 intelectuais de diversos países, intercalando com imagens e atuações no exterior e no Brasil. Todos os relatos são legendados em português, exceto as atuações artísticas ou estrofes recitadas que são legendadas no idioma original, mesmo quando há a mescla dos dois idiomas ibero-americanos, chamado carinhosamente de “portunhol”.
A maioria dos depoimentos é feita de relatos espontâneos de improvisadores internacionais que estão acostumados a dividir palco com o Pajador do Brasil e já fazem parte de seu círculo de amizades, além de quatro pajadores brasileiros que viajaram com Paulo para o exterior. Contudo há também de outros intelectuais que analisam o trabalho por outro ângulo, a exemplo do pesquisador e poeta Abel Zabala, da Argentina, do professor e poeta César Huapaya Amado, do Perú, do professor e poeta Moisés Silveira de Menezes, do Brasil e do professor doutor da Real Academia das Nobres Artes da Espanha, Manuel Galeote, entre outros.
O documentário Pajador do Brasil é fruto de um projeto aprovado pela SPN Produções, no Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, da Fundação Marcopolo, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura - SEDAC RS – “Novas Façanhas na Cultura” – Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo - Governo Federal, através dos recursos da Lei 14.017/2020 – Aldir Blanc.
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