quarta-feira, 15 de junho de 2022

Conheça a 3ª Prenda do RS - Daiana Dal Ros

   

     A 3ª Prenda do Rio Grande do Sul é da Capital Nacional das Etnias, Ijuí. Daiana Dal Ros, 23 anos, é graduada em Jornalismo e pós-graduanda em Folclore e Artes Populares: Cultura, Desenvolvimento e Gestão pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). Daiana representa o Centro de Cultura Nativa Piazito Carreteiro e a 9ª Região Tradicionalista na gestão estadual de prendas e peões.  

 Fale sobre a sua trajetória no tradicionalismo:

    Meus primeiros passos no tradicionalismo se deram através da música e da dança, quando ingressei, em 2007, na Invernada Mirim do CTG Tropeiros do Rio Branco, de Catuípe (3ª RT), aos oito anos de idade. Na condição de 1ª Prenda Mirim, participei da fase regional da 40ª Ciranda Cultural de Prendas, em 2009. Em 2010, minha família fixou residência em Ijuí, cidade em que nasci e a qual viria a representar como prenda da 9ª Região Tradicionalista por quatro vezes. Com imensa honra, trouxe para o meu município e para a minha região os títulos de 3ª Prenda Juvenil do RS – 2015/2016 e 3ª Prenda do RS – 2022/2023. De 2017 a 2021, fui Embaixatriz da Associação Tradicionalista Querência Gaúcha, junto à União das Etnias de Ijuí. Como intérprete solista vocal, participei de rodeios e festivais, incluindo a fase final do ENART, em Santa Cruz do Sul. Tenho sete livros publicados, dentre eles, “Depoimento de uma prendinha”, voltado ao resgate do folclore e das tradições gaúchas. Desde 2021, sou membro aspirante da Comissão Gaúcha de Folclore.

 

Como foi a sensação de vencer os obstáculos pós-pandemia e chegar ao título?

    Para mim, a 51ª Ciranda Cultural de Prendas do Rio Grande do Sul foi momento de reafirmar valores e compreender propósitos. Quando buscava outros caminhos, fui chamada a retornar às minhas raízes, para, então, entender os desígnios da vida e prosseguir. Em plena pandemia, em julho de 2020, recebi o convite para representar meu amado CCN Piazito Carreteiro como 1ª Prenda. Em setembro de 2021, após tantas incertezas e meses de intensa preparação, assumi o compromisso de estar, junto a outros 16 jovens, à frente dos trabalhos da juventude da 9ª RT até junho do ano seguinte. Agora, após a conquista na fase estadual da Ciranda, volto meu olhar para a caminhada até aqui e agradeço; a transposição de barreiras só foi possível diante da clareza dos objetivos e do apoio de muitas mãos. E, no derradeiro dos meus junhos, recebo prendas e peões dos 22 municípios da 9ª RT para sonharem no galpão do Piazito, trazendo para Ijuí, após 12 anos, a fase regional da Ciranda e do Entrevero. Nos dias 24 e 25 deste mês, “Os ventos da Lendária se encontram na Capital das Etnias”.

 

O que tu fazes quando não está a serviço do tradicionalismo organizado?

    Como jornalista, trabalho na Assessoria de Comunicação da Editora Unijuí. Desde o início da faculdade de Jornalismo, em 2016, tive valiosas oportunidades de aliar a profissão ao segmento cultural, com o qual tenho tanta afinidade. Destaco, dentre estes momentos, a atuação como correspondente do programa Identidade Gaúcha, da Rádio Quero-quero; a apresentação do programa Aproximando Nações, da União das Etnias de Ijuí, na Rádio Repórter FM; a cobertura do Festival Nativista Canto de Luz, por três anos consecutivos, e a apresentação das edições virtuais da Festa Nacional das Culturas Diversificadas (Fenadi). Tenho, como atividades paralelas, a música, realizando apresentações em eventos, e a literatura, por meio de palestras em escolas e participações em feiras do livro em Ijuí e região.

 

Quais os planos para a gestão?

    Nos últimos anos, um dos meus sonhos enquanto tradicionalista foi retornar às Cirandas para dar continuidade ao trabalho que iniciei como prenda mirim e juvenil, colocando-me à disposição para aprender e repassar conhecimentos acerca do folclore e das tradições do Rio Grande do Sul. Como prenda adulta do Estado, pretendo atuar, junto a meus colegas de gestão, para o fortalecimento do senso de pertencimento de todos os gaúchos - de nascença ou de coração - com quem tivermos a oportunidade de estar, sejam eles tradicionalistas ou não. No período pós-pandemia que ora vivenciamos, a cultura e a educação são sinuelos que nos trazem a esperança de um mundo mais humano. 

Comida: Churrasco 

Filme: Série “Outlander”

Livro: “A vida que ninguém vê”, de Eliane Brum 

Hobby: Cantar e tocar instrumentos; ler; assistir séries, filmes e novelas; buscar o autoconhecimento; conversar com meus amigos. 



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