A Editora BesouroBox está devolvendo ao público leitor uma das obras mais importantes escritas sobre a Revolução Farroupilha. Um livro que não cultiva o ódio nem o separatismo, ao contrário, percorre as duas trincheiras para que o leitor entenda as razões de ambos os lados em conflito.
Seu autor, Alcy Cheuiche, segundo Armindo Trevisan, é um dos mais notáveis ficcionistas do Rio Grande do Sul, entre os mais identificados com sua gente, seus ideais de cara limpa e suas noites estreladas. Também, em outras latitudes, as qualidades do escritor são exaltadas, como neste trecho da imprensa de Berlim: Ler Alcy Cheuiche é um dos melhores caminhos para penetrar nos mistérios da literatura brasileira e latino-americana.
Em A Guerra dos Farrapos, Cheuiche viaja no tempo, recontando os dez anos em que o Rio Grande do Sul esteve dividido entre farroupilhas e caramurus, entre personagens como Bento Gonçalves e Caxias, sempre com rigor histórico, mas dando vida a cada acontecimento relatado. Garibaldi e Anita, por exemplo, renascem neste livro na sua verdadeira grandeza humana, na coragem dos seus atos, na beleza do seu amor. E também as cenas de guerra, como a tomada de Porto Alegre, a Batalha do Seival, o massacre do Cerro dos Porongos, e o famoso Duelo Farrapo, são aqui tratados pelo escritor com veracidade e maestria.
Esta narrativa romanceada, nas palavras do historiador Arthur Ferreira Filho, que saudou Alcy Cheuiche na entrega do prêmio literário Ilha de Laytano, é a História embelezada pela Arte, é uma forma de descrever os fatos reais que nos vem das obras imortais da Antiguidade Clássica. É uma maneira, acrescentamos, de contar a História do Rio Grande do Sul como fez Érico Veríssimo em O Tempo e o Vento, ou Victor Hugo ao narrar a Batalha de Waterloo em seu romance Os Miseráveis, considerada pelo exército francês como a mais perfeita e correta em todos os seus detalhes.
Em síntese, ler A Guerra do Farrapos conduz o leitor não somente a conhecer, mas a viver a História. E tanto isso é verdade, que o escritor, em 2011, foi eleito pelas entidades culturais e educativas gaúchas como Patrono do Festejos Farroupilhas, uma atividade pública que mobiliza milhões de pessoas no Rio Grande do Sul e no Brasil. Além de outros núcleos que mantém acesa esta chama no Exterior, como na associação folclórica Saudade da Minha Terra, nos arredores de Nova Iorque, onde Alcy Cheuiche debateu e autografou este livro, com destaque no jornal The New York Times.
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