Palestra 900 será nos Estados Unidos

 

Seguem as entrevistas dos Peões Estaduais - Dia 23 de abril, aniversário da CGF

 

Movimento Tradicionalista Gaúcho anuncia os nomes dos novos peões eleitos no RS

Matheus da Cunha Goggia Neves, do DTG Noel Guarani, de Santa Maria, foi escolhido o Peão Farroupilha

    Após três dias de intensa programação, foram conhecidos os representantes masculinos jovens da cultura gaúcha eleitos para o mandato 2024-2025. A festividade foi realizada na região Missioneira, contando com parte das atrações em Entre-Ijuís e outra parte em Santo Ângelo. O 35º Entrevero Cultural de Peões, foi realizado nos dias 18, 19 e 20 de abril.

O eleito Peão Farroupilha, Matheus da Cunha Goggia Neves, recebeu o anúncio carregado de emoção.

“Confesso que eu não consigo nem descrever a sensação de ouvir o meu nome ser anunciado, eu estava meio que em estado de choque, ainda mais porque era a minha última oportunidade que eu tinha em função da idade. Esse sentimento e essa sensação de incerteza batia ainda mais próximo ao resultado. Consegui me manter bastante tranquilo durante todas as provas, mas quando a gente se aproximou do baile ali, a emoção começou a tomar conta, cada vez mais forte. Estava com a sensação de dever cumprido em todas as provas e muito satisfeito com tudo que eu tinha feito, mas também pela ansiedade de aguardar o resultado. A competitividade que existe é grande, pela qualidade dos demais peões que estavam participando do concurso valoriza ainda mais, mas eu admito que a ficha ainda não caiu, porque eu estou processando ainda todas essas informações”, declarou.

    Desde o início do processo, estiveram envolvidos cerca de 2 mil participantes nas categorias categorias Piá (mirim), Guri (juvenil) e Peão (adulto). Os competidores foram avaliados em conhecimentos históricos e geográficos, habilidades artísticas e conhecimento e desenvoltura nas lides campeiras. 

    A gestão é composta por nove peões (três em cada categoria). Ao longo do próximo ano, eles têm a responsabilidade de representar o movimento tradicionalista, fomentando a disseminação da cultura, ministrando palestras e marcando presença em eventos oficiais.

"O Entrevero Cultural de Peões é uma tradição importante e uma oportunidade dos concorrentes mostrarem sua dedicação e paixão pelas tradições do nosso estado", afirma a presidente do MTG, Ilva Maria Borba Goulart. 

    O sábado, último dia da programação, foi marcado por demonstrações práticas aplicadas em Santo Ângelo. As Provas Campeiras, que iniciaram às 8h30min no Parque de Exposições Siegfried Ritter, reuniram competidores e espectadores que mostraram suas habilidades aos julgadores. O dia culminou com um jantar no GTF Cel Aparício Borges, seguido pelo Fandango e divulgação dos resultados no Salão da Comunidade Luterana São Paulo, na Esquina Gaúcha, onde o Grupo Bem Campeiro animou a celebração.

Confira os eleitos: 

Categoria: PIÁ

1º Matheus Guiotto Vieira 9a RT - GF Chaleira Preta - Ijuí

2º Pedro Barboza das Neves 6o RT - CCN Sentinela do Rio Grande - Rio Grande

3º Enzo Gustavo Madalóz Romansin 7o RT - CTG Manoel Teixeira - Tapejara

Categoria: GURI

1º Kauan de Melo Zambruski 11o RT - CTG Querência do Prata - Nova Prata

2º Arthur Portella Martins 17a RT - 35 CTG - Palmeira das Missões

3º Henrique Gehres Moraes 1a RT - CTG Aldeia dos Anjos - Gravataí

Categoria: ADULTO

1º Matheus da Cunha Goggia Neves 13a RT - DTG Noel Guarani - Santa Maria

2º Thiago Rodrigues Miranda 6a RT - CCN Sentinela do Rio Grande - Rio Grande

3º Luiz Cassol Ferrigo 11a RT -  CTG Os Desgarrados – Guaporé

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Mudança no Regulamento Campeiro do MTG retoma as origens e promete elevar o nível das competições de Tiro de Laço

Soltura da Rodilha exige mais habilidades dos laçadores

    As competições de laço campeiro no Rio Grande do Sul passam por uma mudança significativa em seu regulamento no Estado. A alteração no artigo 19 do Regulamento Campeiro do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) estabeleceu a obrigatoriedade do laçador soltar as rodilhas durante a armada em provas de tiro de laço. A exceção é apenas na categoria vaqueano. A alteração regulatória aconteceu durante a 98ª Convenção Tradicionalista, realizada entre os dias 05 e 07 de abril, em Soledade.

     Praticado em diversos Estados do Brasil, apenas no RS havia a possibilidade de escolha entre soltar ou não as rodilhas. A proposta para a padronização veio da 5ª e 22ª Regiões Tradicionalistas, que participaram do último Rodeio Nacional e encontraram dificuldades pela obrigatoriedade da solta.

     Para o relator da mudança no regulamento e vice-presidente do MTG, Nicanor Castilhos, a decisão irá demandar mais habilidades e elevar o nível dos laçadores gaúchos. 

     "Na lida campeira, não soltar as rodilhas é um recurso do laçador, mas dentro da cancha a solta é uma habilidade do laçador. Essa mudança nos coloca em pé de igualdade com todos os laçadores do Brasil. Para aqueles que participavam de provas fora do Estado, já estão acostumados, pois apenas aqui no Rio Grande do Sul não havia a obrigatoriedade. Além disso, é uma proteção à cultura gaúcha", disse.

     No início da prática das armadas e durante a implementação dos regulamentos campeiros nos anos 50, a soltura da rodilha era obrigatória, e o retorno dessa exigência remonta aos primórdios dos rodeios. Segundo Vilson Freitas, um dos criadores da Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS) e ex-diretor campeiro do MTG, essa mudança no regulamento também torna as disputas mais acirradas. 

     "Os laçadores gaúchos estão muito treinados, e com a possibilidade de não soltar a rodilha, o tiro fica mais fácil e os rodeios mais demorados e caros. Acredito que o MTG acertou na decisão da mudança e estão de parabéns", declarou.

     O laço campeiro é uma prática profundamente enraizada na cultura gaúcha, sendo uma demonstração de habilidade e destreza dos cavaleiros locais. As competições de laço campeiro são eventos populares que atraem participantes e espectadores de diversas idades em todo o estado.

     Embora cause polêmica no início, com a soltura obrigatória das rodilhas, os laçadores precisarão seguir aprimorando suas habilidades para garantir um bom desempenho nas competições e, também, exigir mais atenção dos árbitros das provas.